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O XI Enanppas 2023 contará com XX Grupos Temáticos, selecionados via edital, além de um, previamente definido (GT Jovens na Pesquisa e Extensão).

Conheça, a seguir, as propostas selecionadas:

LISTA DAS EMENTAS DOS GRUPOS TEMÁTICOS (GTs) APROVADOS

GT 01 – Ecologias e os processos de reorganização social do ambiente rural

Coordenadores:

COORDENADORINSTITUIÇÃOLATTES
Dra. Cimone Rozendo de SouzaUFRNLink
Dr. Luciano Celso Brandão Guerreiro BarbosaUFALLink
Dr. Rodrigo Constante MartinsUFSCarLink
A atual crise ecológica é resultado de um modelo de desenvolvimento sustentado pelo industrialismo, que historicamente privilegia a racionalidade econômica das sociedades de mercado. Esse modelo redimensiona espaços e tempos, e, em particular nos espaços rurais, desorganiza ecossistemas, desestrutura organizações sociais e identidades, distanciando as relações sociedade natureza a níveis insustentáveis. Esse movimento, tem desafiado ecologistas, ambientalistas, movimentos sociais, e estudiosos a proporem e investigarem experiências alternativas de reconexão ambiental, relocalização, valorização cultural, diversidade biológica e inclusão social rumo a um paradigma socioecológico. Nessa direção, pretende-se acolher trabalhos sobre: abordagens teóricas, que tratam dos processos de ecologização em especial da ecologia política; movimentos ecológicos; territórios de resistência e que constroem estratégias ecológicas a sobrevivência; sistemas agroalimentares ecológicos em transição; constituição e atores e atrizes ecológicos; gênero e ecologia destacando o protagonismo de mulheres; juventude e ecologia; recomposição de espaços rurais destacando a emergência de ruralidades ecológicas, etc.

GT 02 – Energia e Ambiente

COORDENADORINSTITUIÇÃOLATTES
Dr. Célio BermannUniversidade de São Paulo (USP), Instituto de Energia e AmbienteLink
Dra. Flávia CollaçoFaculdade de Economia, Administração, Atuária e Contabilidade (FEAAC), Universidade Federal do Ceará (UFC)Link
Dr. Francisco del Moral HernandezFaculdade de Tecnologia Campinas (CEETPS)
Unidade de Pós-Graduação, Extensão e Pesquisa (CEETPS) 
Link
As consequências sociais e ambientais da produção, transporte e consumo da energia nas suas diversas formas têm adquirido grande destaque no debate atual. Temas como a utilização de combustíveis fósseis, as emissões de gases de efeito estufa e sua contribuição para o agravamento do quadro de mudanças climáticas, o papel das chamadas energias renováveis e seu papel serão tratados neste GT, além das consequências sociais e ambientais dos empreendimentos hidrelétricos de grande escala, notadamente em ecossistemas frágeis como a floresta amazônica; os aspectos ambientais da exploração do petróleo serão tratados. Este GT tem como objetivo fomentar e articular o debate em torno da questão energética no Brasil e no exterior, a partir de suas derivações – a política energética, a política ambiental e a política social – identificando os atuais impasses, problemas associados à flexibilização da legislação ambiental vigente e controvérsias com respeito às formas tradicionais, alternativas e complementares de oferta energética.

GT 03 – Dimensões sociais e políticas da emergência climática

COORDENADORINSTITUIÇÃOLATTES
Dra. Fabiana Barbi SeleguimFaculdade de Direito (USP)Link
Dr. Izidro Justino Muhale Universidade Eduardo Mondlane/Escola Superior de Desenvolvimento Rural, MoçambiqueLink
Dra. Leila da Costa Ferreira (Suplente)Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) – IFCH/Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais (Nepam)Link
Os desafios trazidos pelas mudanças climáticas têm se configurado como um estado de emergência climática, num momento em que os impactos das atividades humanas sobre o clima da Terra convivem com a falta de efetividade política dos compromissos internacionais. Esse estado demonstra a necessidade de respostas urgentes. O GT tem como objetivo explorar as capacidades internacionais, nacionais e subnacionais sobre as respostas aos desafios das mudanças climáticas e identificar as medidas sócio-políticas para o cumprimento do Acordo de Paris. Convidamos trabalhos que se dediquem a (i) identificar e avaliar estratégias sócio-políticas de mitigação, adaptação e resiliência aos impactos das mudanças climáticas direcionadas às escalas internacional, nacional e local; (ii) analisar as percepções sobre a “emergência climática”; pelos diversos atores que atuam no processo de governança climática e (iii) analisar demais questões relacionadas à perspectiva multinível e multi-atores da governança climática.

GT 04 – Grandes Projetos: violação de direitos socioambientais e modelos neoliberais no sul global

COORDENADORINSTITUIÇÃOLATTES
Dr. Clovis de Vasconcelos Cavalcanti Fundação Joaquim NabucoLink
Dra. Voyner Ravena CañeteUniversidade Federal do Pará (UFPA)Link
Dra. Luciana Gonçalves de Carvalho (Suplente)Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA)Link
O modelo neoliberal promove o avanço desordenado e mortal sobre os diversos ambientes do planeta. Desorganiza, e mesmo destrói, as formas de uso do território desenhadas, do ponto de vista eco-arqueológico, em milênios de conhecimentos que povos tradicionais detêm sobre a natureza. Esse processo se desdobra particularmente no sul global. A exploração minerária, assumida como ponto central de um modelo de desenvolvimento neoliberal travestido com as vestes do discurso de sustentabilidade, despreza a condição do ser humano como ente da natureza e se articula a outras formas de exploração dos recursos naturais. Este GT discute os contextos de implementação de grandes projetos marcados por processos de apagamento de grupos já invisibilizados, que tiveram seus territórios transformados em zonas de sacrifício, mas que figuram e se expressam com múltiplas vozes. São bem vindos, especialmente, trabalhos que trazem à discussão as estratégias de enfrentamento e resistência desses grupos.

GT 05 – Justiça Climática, Adaptação e Transição para uma economia de baixo carbono: caminhos, desafios e contraditórios

COORDENADORINSTITUIÇÃOLATTES
Dr. Pedro Henrique Campello TorresUniversidade de São Paulo (USP)Link
Dra. Flávia Mendes de Almeida CollaçoUniversidade Federal do Ceará (UFC)Link
Dr. Pedro Roberto JacobiUniversidade de São Paulo (USP)Link
Dr. Edson Abreu de Castro Grandisoli (Suplente)Universidade de São Paulo (USP) – Instituto de Estudos Avançados da USP (IEA-USP)Link
A crise ambiental em escala planetária não é mais um problema futuro. A emergência climática com tendência a aumento de eventos climáticos extremos é uma realidade em diversas regiões do planeta, com maior impacto nas populações mais vulneráveis. Este painel buscará, por um lado, dar luz a denúncias e eventos de injustiça climática. Por outro, destacar o nexo e as respostas entre a chamada transição energética, rumo à construção de territórios resilientes e de uma economia de baixo carbono, que considerem os preceitos da justiça climática durante a formulação e a implementação de tais estratégias de transição. Serão bem-vindos trabalhos em perspectiva inter e transdisciplinar, em temas como Justiça Climática, Transição Energética, Adaptação às Mudanças Climáticas, Cidades e Energia, Pobreza, Justiça e Vulnerabilidade Energética. Serão priorizados trabalhos que articulem a teoria com a prática e apresentação de casos – bem como a diversidade de gênero, de raça e região das propostas.

GT 06 – Amazônia no Século XXI: avanços, retrocessos e novas
perspectivas nas políticas socioambientais

COORDENADORINSTITUIÇÃOLATTES
Dr. Paulo Roberto CunhaUniversidade São Francisco (USF), Centro Universitário Padre Anchieta e Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (IEA/USP)Link
Dr. João Paulo Ribeiro CapobiancoInstituto Democracia e Sustentabilidade (IDS)Link
Dr. Ivan Gomes da Silva VianaUniversidade Federal Oeste do Pará (UFOPA)Link
Propõe-se a continuidade do Grupo Temático (GT) criado no X Enanppas destinado a analisar os avanços e os retrocessos das políticas socioambientais da Amazônia no Século XXI, projetando, dessa vez, cenários futuros diante das perspectivas de novos arranjos políticos e institucionais. Dentro desse escopo, o GT possui grande desdobramento temático, podendo receber reflexões sobre políticas relacionadas ao desmatamento, unidades de conservação, terras indígenas, ações de comando e controle, ordenamento fundiário e territorial, política indigenista, mineração, mudanças climáticas e outros temas, além de trabalhos relacionados à temática do próximo encontro – pluridiversidade e socioambientalismo na construção de territorialidades – com foco na Amazônia. Renova-se, pois, a proposta de se fomentar ricos debates sobre as políticas de ambiente e sociedade destinadas à Amazônia.

GT 07 – Bem viver e ecossocioeconomias: governança e territorialidade

COORDENADORINSTITUIÇÃOLATTES
Dra. Isabel Jurema GrimmInstituto Superior em Administração e Economia (ISAE)Link
Dra. Liliane Cristine Schlemer AlcantaraUniversidade Federal do Mato Grosso (UFMT)Link
Dr. Carlos Alberto Cioce SampaioUniversidade Regional de Blumenau (FURB), Universidade Federal do Paraná (UFPR), Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL), Instituto Superior em Administração e Economia (ISAE)Link
Bem Viver e Ecossocioeconomias se apresentam como possibilidade de compreender e criar alternativas de enfrentamento de vulnerabilidades territoriais, ancoradas nos saberes, conhecimentos, modos de produção e tempos comunitários. O objetivo é dialogar a partir de um constructo teórico e prático sobre Bem Viver e Ecossocioeconomias, sobretudo desde a visão latino-americana e também de outras perspectivas continentais, sob abordagem interdisciplinar e multicultural, a partir das categorias dialéticas subjetividade e coletividade e dinâmica homem-natureza. Justifica-se diante dos desafios contemporâneos decorrentes de problemas sistêmicos como as mudanças climáticas e as desigualdades sociais, para pensar sociedades sustentáveis. A relevância e contemporaneidade do tema está no diálogo sobre alternativas de governança e territorialidade que se fazem necessárias para pensar o bem comum, diante de uma racionalidade que coisifica a natureza e o próprio homem.

GT 08 – Sistema-mundo e crise ambiental global

COORDENADORINSTITUIÇÃOLATTES
Dr. Carlos Potiara CastroNúcleo de Estudos Amazônicos do Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares da Universidade de Brasília (CEAM/UnB), Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Federal do Pará (FCS/UFPA)Link
Dra. Nírvia RavenaNúcleo de Altos Estudos Amazônicos da Universidade Federal do Pará (UFPA)Link
Dr. Roberto Goulart MenezesInstituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília (UnB)Link
A reflexão em torno da análise do sistema-mundo traz a compreensão de que existe uma civilização material que se consolida lentamente enquanto economia-mundo e que pode ser observada através de uma temporalidade estendida, em que os fatos narrados são “quase imóveis”. É relevante para realizar uma análise das crises ambientais globais, de lembrar da contribuição do método histórico de Fernand Braudel, que interpreta o mundo a partir de suas transformações materiais na longa duração. Para ele, dentre os fatores que mais contam no estudo do movimento das sociedades estão os números, que informam sobre os determinantes históricos que traduzem a variação do nível de poder de uma unidade sociopolítica e sua capacidade de projeção. Este GT pretende colocar em perspectiva aspectos globais da crise ambiental, levando em consideração tanto seu nível macro, quanto suas consequências tangíveis no espaço local, compreendido como locus em que se realizam as transformações históricas e tomando como ponto base as questões ambientais.

GT 09 – Saberes dos povos da terra, dos povos da floresta e dos povos das águas: desafios à conquista do presente e de futuros sustentáveis

COORDENADORINSTITUIÇÃOLATTES
Dra. Lucia Helena de Oliveira CunhaProfessora aposentada da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e Colaboradora do PPGMADE (UFPR)Link
Dr. Joerg NowakUniversidade Brasília, Faculdade Planaltina (UnB-FUP)Link

Participantes: Edel Moraes, extrativista do Arquipélago de Marajó-Curralinho, vice-presidente do Memorial Chico Mendes – Doutoranda da Universidade de Brasília, Centro de Desenvolvimento Sustentável (UNB-CDS). Marly Lucia da Silva Ferreira, pescadora, Secretária Nacional de Mulheres da Confederação das Reservas Extrativistas Marinhas do Brasil (CONFREM). Letícia Santiago de Moraes, Extrativista, Assentamento agroextrativista no Pará, Secretaria de Articulação Política de Juventude do Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS) e Mestranda em Agriculturas Amazônicas e Desenvolvimento Sustentável (UFPA). Fátima Cristina Silva, pedagoga, assessora do CNS e doutoranda da Universidade de Coimbra. Bruno Leandro Oliveira, integrante do MST/Brasil e Mestrando na UNB FUP/Planaltina. Lidiane Taverny Sales, Retireira do Araguaia, Conselheira do Conselho Nacional de Povos e Comunidades Tradicionais do Brasil (CNPCT) MT. Shyrley Tatiana, Indígena do Povo Quéchua, Peru, Doutoranda na UNB.

A proposta que ora se apresenta visa colocar em relevo os chamados conhecimentos tradicionais em estudos teóricos e práticos, assim como a sua incorporação em formas de cogestão ambiental para a construção de novos paradigmas de interação com o mundo natural pautados no cuidado – na ética da sustentabilidade socioambiental e na pluridiversidade biocultural. A partir de aportes inscritos em várias produções sobre o tema, e, principalmente, das expressões vivas de um conjunto de vozes identitárias dos povos tradicionais, propõe-se refletir sobre os saberes histórico-culturais e ambientais dos povos da terra, povos da floresta, povos das águas, com base nos ricos ensinamentos patrimoniais que tais povos oferecem, milenar e secularmente, em sua apropriação, reapropriação e conservação da natureza: seja para a sua própria permanência e (re) existência na história no revigoramento atualizado de sua tradicionalidade em movimentos sociais contemporâneos, seja como referência inspiradora à constelação de outras possibilidades de interconexão com a natureza ancoradas na sustentabilidade da vida e na pedagogia da esperança.

GT 10 – Os desafios para um direito ecológico no século XXI: promovendo a justiça em face da crise climática

COORDENADORINSTITUIÇÃOLATTES
Dr. José Rubens Morato Leite Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)Link
Dra. Heline Sivini FerreiraPontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR)Link
Dra. Tônia Andrea Horbatiuk Dutra (Suplente) Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)Link
A humanidade enfrenta neste início de século um dos seus maiores desafios – a crise climática geradora de múltiplas vulnerabilidades. É urgente abandonar o paradigma dualista moderno, que separa os seres humanos da natureza, e compreender o valor da proteção da integridade ecossistêmica para o sustento da vida, adotando uma ética ecocêntrica. Cabe ao Direito, nesse contexto, repensar-se como um Direito Ecológico. Pretende-se com esse GT propiciar um debate transdisciplinar envolvendo questões como as perspectivas do Direito Ecológico, a promoção da justiça climática e ecológica, experiências não dualistas dos povos indígenas e outras comunidades tradicionais diante da crise climática, bem como instrumentos democráticos para transpor os desafios vivenciados pela modernidade diante do aquecimento global. Trata-se de um tema atual e relevante, inserido nos debates sobre os direitos do Sistema-Terra, amparados na ética do cuidado e da responsabilidade com a comunidade de vida terrestre.

GT 11 – Fenomenologia, colonialidade e pensamento ambiental

COORDENADORINSTITUIÇÃOLATTES
Dr. Eduardo Marandola Jr.Faculdade de Ciências Aplicadas da Universidade Estadual de CampinasLink
Dr. Gustavo Silvano BatistaPrograma de Pós-Graduação em Filosofia da Universidade Federal do PiauíLink
Dra. Jamille da Silva Lima-PayayáUniversidade do Estado da BahiaLink
Dr. Carlos Roberto Bernardes de Souza JúniorUniversidade Estadual do Maranhão (UEMA)Link
A proposta deste Grupo Temático é acolher estudos e promover discussões acerca das contribuições da fenomenologia e de seus desdobramentos (ecofenomenologia, ecohermenêutica e ecodesconstrução) tendo em vista um pensamento ambiental ontológico-prático que ofereça possibilidades de enfrentamento da questão ecológica na perspectiva da cisão ontológico-representativa que atravessa a Modernidade. Tratam-se de investigações de espacialidades emergentes, situadas, que expressam um movimento irruptivo dos mais diversos grupos sociais (povos indígenas, comunidades quilombolas, ribeirinhos, agricultores, movimentos de mulheres, etc.) e seus lugares, paisagens e territorialidades. Tais experiências sociais apresentam não apenas outros marcos para a compreensão do ambiente e suas ecologias (orientadas para o comum), mas promovem o necessário enfrentamento da colonialidade também na perspectiva ambiental. O GT acolherá propostas de reflexões conceituais, propostas interpretativas e de tensionamento de abordagens, bem como estudos que mobilizem experiências e vivências de grupos sociais em sua alteridade.

GT 12 – Comunicação e Meio Ambiente

COORDENADORINSTITUIÇÃOLATTES
Dra. Luciana Miranda CostaUniversidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN/PPGEM)Link
Dra. Myrian Regina Del Vecchio de LimaUniversidade Federal do Paraná (UFPR/PPGMade/PPGCom)Link
Dr. Frederico Augusto Tavares Júnior (Suplente)Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ/Programa Eicos)Link
A Comunicação humana constitui uma ação simbólica e prática. Nossos valores, crenças, escolhas e comportamentos sobre o meio ambiente são construídos, representados e compartilhados por meio da Comunicação e de seus processos de mediação, inclusive os midiáticos. O GT Comunicação e Meio Ambiente tem como objetivo central incentivar a interdisciplinaridade entre as duas áreas, aproximando as pesquisas/práticas da Comunicação das problemáticas socioambientais. Busca, assim, problematizar o papel da Comunicação na sensibilização social sobre a crise ambiental, e nos estudos e práticas sobre questões ambientais. Desta forma, pretende dar visibilidade ao papel da comunicação enquanto geradora de discursos sociais que afetam o cotidiano, a economia, a cultura e a implementação de políticas públicas sobre meio ambiente, a partir de temas como o negacionismo científico, notícias falsas, “infodemia” e discursos de ódio que distorcem escolhas racionais e de relevância socioambiental. 

GT 13 – Diversidade Biológica Justa e Equitativa? Estratégias e desafios de valorização dos modos de vida dos Povos e Comunidades Tradicionais

COORDENADORINSTITUIÇÃOLATTES
Dra. Sónia Carvalho Carvalho RibeiroUniversidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Programa de Pós-Graduação em Análise e Modelagem de Sistemas Ambientais (PPG-AMSA) Link
Dra. Doris Aleida Villamizar SayagoUniversidade de Brasília (UnB), Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Sustentável (PPGCDS)Link
Dra. Aline Contti CastroUniversidade Federal da Paraíba (UFPB), Departamento de Relações Internacionais e Programa de Pós-Graduação de Gestão Pública e Cooperação Internacional (PGPCI)Link
Dra. Marla Leci WheihsUniversidade do Estado de Mato Grosso Carlos Alberto Reyes Maldonado (UNEMAT), Núcleo de Agricultura Familiar e Agroecologia (NAFA) Link
Brasil, finalmente, ratificou o Protocolo de Nagoya em junho de 2021, tornando-se o 130º membro. Os acordos exploraram possíveis estratégias e políticas que auxiliarão o país a passar de fornecedor de recursos genéticos com baixo valor agregado a ser um desenvolvedor de produtos que valorizem tanto o patrimônio genético como os conhecimentos tradicionais a eles associados. Este GT promoverá debates acerca dos desafios e oportunidades da repartição justa e equitativa dos benefícios decorrentes da diversidade biológica no Brasil, a partir de três bases principais: (i) Diversidade biológica e conhecimento tradicional: usos, conservação e proteção; (ii) ciência e tecnologia (C&T): taxonomia, serviços ecossistêmicos, conservação e uso sustentável, etnobotânica e biotecnologia; (iii) Conflitos e justiça socioambiental: biobusiness, biopirataria, expropriação de saberes tradicionais numa perspectiva colonizadora, distribuição dos benefícios da utilização dos recursos genéticos, espécies e ecossistemas e modos de vida dos Povos e Comunidades Tradicionais. 

GT 14 – O Comum e os comuns: teoria e prática para um bem viver planetário 

COORDENADORINSTITUIÇÃOLATTES
Dr. Geraldo MilioliUniversidade do Extremo Sul Catarinense, Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais (UNESC/PPGCA)Link
Dra. Caroline RuschelUniversidade do Vale do Itajaí, Programa de Mestrado Profissional em Gestão de Políticas Públicas (UNIVALI/PMGPP)Link
Dr. Dimas FlorianiUniversidade Federal do Paraná, Programa de Pós-Graduação em Meio Ambiente e Desenvolvimento (UFPR/PPGMADE)Link
O objetivo do GT é conhecer e discutir pesquisas teóricas e práticas com a temática dos comuns e do comum. Acredita-se que estamos vivendo uma crise não só sanitária e ambiental, mas uma poli-crise (MORIN, 2012) paradigmática. Nessa perspectiva, faz-se necessário analisar o meio ambiente na complexidade, como um bem comum planetário, de impossível divisão e que deve ser preservado em sua integralidade. Vive-se uma era em que se fragmenta o ser humano do conceito de Meio Ambiente, simplificando-o, fatiando-o, como se pudéssemos separá-lo. Desta forma, a relevância de analisar o ambiente na perspectiva do comum (como princípio político) e dos comuns (com práticas constituintes) talvez seja uma das poucas opções que se tenha para trilhar o futuro e evitar uma catástrofe planetária. Nos últimos anos, observa-se também uma retomada da ecologia política na reflexão e debate dos commons, problematizando a questão frente a crise Estatal e a inércia da população, que focam suas energias na produção e no consumo. Pequenas atitudes políticas, teóricas e práticas em relação ao tema podem se tornar ‘a via para o futuro da humanidade’ (MORIN, 2012). 

GT 15 – Relações internacionais e meio ambiente

COORDENADORINSTITUIÇÃOLATTES
Dr. Wagner Costa RibeiroUniversidade de São PauloLink
Dra. Matilde de SouzaPontifícia Universidade Católica de Minas GeraisLink
Dr. Luis Paulo Batista da SilvaUniversidade Federal da Bahia (UFBA)Link
Na agenda global, são cada vez mais recorrentes os temas socioambientais. Diversas convenções internacionais procuram regular as relações entre atores internacionais e envolvem países, empresas transnacionais e a sociedade civil. Esse conjunto de tratados configura a ordem ambiental internacional, que visa regular as ações em prol da conservação ambiental. Entre as questões mais centrais presentes em fóruns multilaterais, que muitas vezes moldam políticas públicas nacionais, estão a emergência climática, a conservação ambiental, o acesso à água em quantidade e qualidade adequadas, a justiça climática e ambiental, o combate à desertificação, a contaminação de oceanos, os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, entre outros. Já para o Secretário Geral da ONU, a mudança climática, a perda de biodiversidade e a poluição são o tripé da crise ambiental atual e devem ser o foco das ações entre países. Trabalhos que versem sobre os temas elencados serão aceitos neste GT, que tem como meta congregar pesquisas que discutam metodologias, conceitos e teorias que sustentam as relações entre atores internacionais, tanto de convenções multilaterais, quanto em acordos bilaterais ou em outras maneiras de cooperação. 

GT 16 – Água, Sustentabilidade, Território e Governança

COORDENADORINSTITUIÇÃOLATTES
Dra. Gisela Pires do RioPrograma de Pós-Graduação em Geografia, Universidade do Federal do Rio de Janeiro (UFRJ/PPGG)Link
Dra. Ana Paula FracalanzaPrograma de Pós Graduação em Ciência Ambiental, Universidade de São Paulo (USP/PROCAM)Link
Dr. Christian Ricardo Ribeiro (Suplente)Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)Link
Crises sanitária, alimentar e hídrica, pandemias, mudanças globais, sustentabilidade, confronto entre regimes políticos vêm agudizando as incertezas que marcam o antropoceno, imprimindo um ritmo acelerado nas mudanças nos mais diferentes espaços e esferas da vida social, política e econômica. Essas mudanças interferem na construção das problemáticas de pesquisa, em particular na abordagem sobre a água em diferentes contextos e escalas. Os debates a esse respeito podem estar associados às diversas formas de governança dos espaços urbanos e rurais, às redes sociais formadas por atores que encontram no direito à água sua motivação principal e aos conflitos de usos múltiplos, em diferentes níveis de análise, e aos processos de construção de novas territorialidades. O grupo temático Água, Sustentabilidade, Território e Governança propõe discutir este leque de questões com pesquisadores que se interessam pelo tema e desenvolvem pesquisas afins. 

GT 17 – Políticas Públicas de Educação Ambiental: formulação, execução, monitoramento e avaliação de ações estruturantes que fortaleçam as (r)existências

COORDENADORINSTITUIÇÃOLATTES
Dr. Daniel Fonseca de AndradeUniversidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO)Link
Dra. Rita Silvana Santana dos SantosUniversidade de Brasília (UnB) e Universidade Federal da Bahia (UFBA)Link
Dra. Thais BrianeziUniversidade de São Paulo (USP)Link
Dr. Marcos Sorrentino (Suplente)Universidade de São Paulo (USP) e Universidade Federal da Bahia (UFBA)Link
Dr. Evandro Albiach Branco (Suplente)Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)Link
Os proponentes deste GT Políticas Públicas de Educação Ambiental: formulação, execução, monitoramento e avaliação de ações estruturantes que fortaleçam as (r)existências são integrantes da Articulação Nacional de Políticas Públicas de Educação Ambiental (ANPPEA), uma rede criada com a finalidade de desenvolver um sistema de monitoramento e avaliação de políticas públicas (PP) de educação ambiental (EA) no país. É nesse contexto que propõem a criação do GT, com o objetivo promover o debate acadêmico acerca das PPEA, com interesse em aspectos conceituais e analíticos: avaliação das políticas a partir de categorias como descentralização, policentrismo e governança multinível, e da relação das PP EA com políticas públicas étnico-raciais e sistemas complexos. Além disso, visam também mapear e articular estudos sobre como as PPEA potencializam estratégias de (r)existência dos povos e comunidades frente às graves crises contemporâneas, fortalecendo a pluridiversidade e a construção de territorialidades.

 

GT 18 – O turismo enquanto vetor de conflitos socioambientais, de resistências e de alternativas de/ao desenvolvimento 

COORDENADORINSTITUIÇÃOLATTES
Dra. Sandra Dalila CorbariUniversidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG)Link
Dra. Mayara Roberta MartinsUniversidade Federal do Rio Grande (FURG)Link
Dra. Valéria de Meira AlbachUniversidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG)Link
O presente Grupo de Trabalho (GT) pretende receber trabalhos sobre turismo na perspectiva crítica (teórico-metodológica), que evidenciem as dinâmicas e os contextos socioambientais locais-globais, diante das mudanças climáticas e do antropoceno. Desse modo, pretendem-se aceitar trabalhos teóricos e estudos aplicados sobre turismo como um vetor de produção socioespacial, que representa impactos negativos e positivos, tanto nas dimensões sociais, econômicas e ambientais. Além disso, vinculam-se a este grupo os diálogos sobre turismo e injustiça ambiental, a partir da relação de conflitos e resistências. Ademais, também se espera trabalhos que possam dialogar sobre turismo como alternativa de renda, como forma de gestão coletiva e de outras sociabilidades, além de ressaltar relações mais saudáveis e justas entre seres humanos (e não humanos) e com toda a biodiversidade terrestre.

GT 19 – O bem comum como princípio de ação política dos povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais no Brasil

COORDENADORINSTITUIÇÃOLATTES
Dra. Rosirene M. LimaUniversidade Estadual do Maranhão, Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Socioeconômico (PPGDSE/UEMA)Link
Dra. Ana Tereza ReisUniversidade de Brasília, Mestrado Profissional em Sustentabilidade junto a Povos e Territórios Tradicionais (UnB/MESPT)Link
Dr. Joaquim Shiraishi (Suplente)Universidade Federal do Maranhão, Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais (UFMA/PPGCSOc)Link
Dra. Winifred Knox (Suplente)Universidade Federal do Rio Grande do Norte (DPP-UFRN)Link
O triunfo da agenda ultraliberal está ligado à destruição do comum – à privatização da natureza e da herança da humanidade produzida socialmente (cuidado, afetos, solidariedade, reciprocidade). A despeito do caráter corrosivo dessa agenda neoliberal, as experiências locais, como a vivida pelos povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais, enfrentam as ameaças a sua existência física e cultural, reafirmando o seu modo de viver e denunciando a perversidade dessa lógica econômica. O comum, fundamento que tece a convivência desses grupos sociais entre si e com a natureza, evidencia a sua potência criativa e transformadora em curso. Com base em situações empíricas, relacionadas às maneiras de viver dos povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais, este Grupo de Trabalho (GT) objetiva reunir pesquisadore(a)s e militantes de movimentos sociais para refletir sobre as práticas desses grupos culturalmente diferenciados, que fazem frente ao processo de destruição do comum, processo que pretende capturar as naturezas, as comunidades, as mulheres e as sociabilidades.

GT 20 – Governança do oceano – caminhos para uma sustentabilidade justa

COORDENADORINSTITUIÇÃOLATTES
Dra. Leandra Regina Gonçalves TorresUniversidade Federal de São Paulo  (UNIFESP), Instituto do MarLink
Dr. Gustavo Goulart Moreira Moura Universidade Federal do Pará (UFPA)Link
Dr. Thiago Zagonel Serafini (Suplente)Universidade Federal do Paraná (UFPR)Link
A crescente demanda global por recursos e por consequência as atividades humanas no oceano têm se mostrado substanciais e crescentes. Na maioria das vezes, esse impacto exacerba ameaças e vulnerabilidades já existentes em comunidades mais vulneráveis, gera poucos benefícios econômicos locais, contamina o ambiente e impede a promoção de uma sustentabilidade mais justa. Ao mesmo tempo, instrumentos de políticas e governança não necessariamente acompanham esse desenvolvimento, e acabam por não refletir as necessidades do tempo presente. Assim, esse grupo de trabalho busca discutir e analisar formas e ideias de superar o impacto dos problemas globais no oceano a partir de perspectivas socioecológicas e socioambientais enfatizando sistemas complexos e desafios contemporâneos numa escala planetária que possibilite encontrar, nas fronteiras do conhecimento, caminhos que levem práticas mais justas e sustentáveis nas distintas escalas.

GT 21 – Urbanismo e meio ambiente: soluções para as Cidades Globais

COORDENADORINSTITUIÇÃOLATTES
Dra. Rosane Segantin KeppkeObservatório de Políticas Públicas do Tribunal de Contas do Município de São PauloLink
Dra. Estela Macedo AlvesInstituto René Rachou – FiocruzMG, Instituto de Estudos Avançados da USPLink
Dr. Alesi Teixeira MendesInstituto de Pesquisa Econômica AplicadaLink
O objetivo do Grupo Temático é discutir políticas públicas que envolvam água, saneamento, arborização, transporte, habitação e outras que perpassam usos diferenciados do meio ambiente e impactos desiguais deles oriundos, no contexto de reas e redes urbanas vinculadas ou derivadas de cidades globais. A justificativa desta proposta temática está no seu potencial para promover diálogo entre pesquisadores, sociedade civil, setores público e privado sobre os problemas da qualidade de vida nas cidades, de modo a ampliar a compreensão científica sobre os parâmetros legais, sociais, ambientais, políticos e econômicos que organizam o uso de recursos naturais em áreas urbanas. Sua relevância está em discutir se as políticas públicas urbano-ambientais estão em consonância com a Agenda 2030 e os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, em especial os ODS 3, 6, 7, 9, 11, 15 e 17. A contemporaneidade do tema decorre do fato de estar no centro do debate sobre cidades e comunidades sustentáveis, inteligentes e resilientes.

GT 22 – Jovens na Pesquisa e Extensão

O GT Jovens Pesquisadores é um espaço de compartilhamento de estudos que contemplem a interação Ambiente e Sociedade, no âmbito da graduação. Com o tema “Pluridiversidade e socioambientalismo na construção de territorialidades”, os alunos são encorajados a submeter seus trabalhos ao eixo Jovem Pesquisador na forma de resumo expandido e apresentação de pôster, porém podem escolher participar de outro GT, submetendo artigo completo para a apresentação oral.